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Saiba o que é levado em conta na hora de calcular o seguro de um carro.

29.01.2013

Roubo, perda, batida, modelo do carro são alguns dos itens relevantes.
Comprar carro mais barato nem sempre é a saída para economizar

 

O preço do carro usado está caindo. Os veículos ficaram, em média, 15% mais barato e até o IPVA foi reduzido em alguns estados. Entretanto, enquanto um valor cai, outro sobe. O seguro do carro não acompanha essa queda no preço.

O publicitário Odenir Trevisani tem um carro de 2010. O seguro vence em fevereiro e ele não consegue entender as contas. No ano passado, o carro estava avaliado em R$ 31. Agora, vale R$ 26.500.

A inflação oficial ficou em menos de 6%, segundo o IBGE, e o seguro passou de R$ 1.500 para R$ 1.750. “Meu carro vale duas vezes e pouco menos do que a inflação e meu seguro custa três vezes mais do que a inflação. É difícil entender”, diz o publicitário.

A matemática dos corretores vai muito além apenas do preço do carro. Eles levam em conta o roubo, perda, batida. O modelo de carro muito roubado fica mais caro. Motorista que não tem garagem ou com histórico de colisões paga mais.

A vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo, Cássia Del Papa, explica que as empresas levam em conta tudo isso na hora de calcular o valor da apólice.

No ano passado, o número de roubos no estado de São Paulo subiu 10%. Ainda tem o alto índice de acidentes que podem provocar a perda total do veículo e a seguradora tem que dar outro carro para o cliente ou o reparo. Aí, o problema é o custo e a falta de peças que encarece o conserto.

“A seguradora tem um custo. A cada 10 carros que ela segura, ela tem que deixar dois como reserva técnica. Significa que ela vai ter custo em pelo menos dois carros”, explica a vice-presidente.

Para economizar no seguro, comprar um carro mais barato nem sempre é a saída, segundo os corretores. Em muitos casos, o preço da apólice de um carro popular, por exemplo, chega a R$ 3 mil, mesmo valor do seguro de alguns carros de alto padrão.

A corretora aconselha que o consumidor faça o caminho inverso. Primeiro veja o custo do seguro, para depois escolher o carro. “Ligar para o corretor, fazer cotação e ver qual o melhor seguro e o melhor preço para o automóvel.”

 

g1.globo.com

 

 

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